A minha Metadona

Por obra do destino não me vou poder deslocar a Lisboa e ao SBSR para assistir ao vivo aos concertos de Bloc Party e Arcade Fire. Bem me tinham avisado que a vida é dura. E não é que é mesmo!
Enfim, não há nada que eu possa fazer. Ou talvez haja. No dia 3 de Julho o Fabchannel vai ser a minha "droga de substituição". À falta do original vou ter de me contentar com os concertos que estas bandas deram em Amesterdão, os Bloc Party no Paradiso e os Arcade Fire no Melkweg.
Para vocês que como eu não vão poder ir a Lisboa aqui ficam esses concertos:





Infelizmente o Fabchannel não tem disponível nenhum concerto dos Interpol. Não tem o Fabchannel mas tem o NPR (National Public Radio) embora seja só em áudio. Basta irem aqui para ouvirem o concerto que os Interpol deram em Washington em 2005.

Estas sugestões obviamente não substituem os concertos ao vivo mas são uma boa alternativa para quem não tem a primeira opção.

Coldfinger @ Fnac Santa Catarina

Acabo de voltar da Fnac de Rua Santa Catarina onde os Coldfinger promoveram o seu novo álbum Supafacial. Ainda só conhecia o single que dá o nome ao álbum mas pelo que pude testemunhar o sucessor de Sweet Moods and Interludes tem muito mais para nos oferecer. A voz de Margarida Pinto prende-nos à partida e os ritmos energéticos e explosivos dizem-nos que este não é o tipo de concerto para se ver sentado.
A terminar o showcase e aproveitando o piano que se encontrava no palco os Coldfinger presentearam os presentes com um dos temas mais reconhecidos e amados da banda: "Cover Sleeve".
Nós agradecemos.



O espaço dos Coldfinger

David Sylvian em Lisboa e Braga

O site do ex-vocalista dos Japan anunciou duas datas para Portugal integradas na tour The World is Everything. David Sylvian apresenta-se dia 21 de Outubro no CCB em Lisboa e dois dias depois viaja ao norte do país para actuar no Theatro Circo em Braga.

Com o fim dos Japan Sylvian lançou a sua carreira a solo com o álbum Brilliant Trees (1984) datando o seu último lançamento discográfico de 2006 com o projecto Nine Horses intitulado Money for All.

David Sylvian fala da digressão e promete um "espectáculo íntimo" com temas do passado mas também explorando "gravações mais recentes, em particular dos álbuns dos Nine Horses".



O espaço de David Sylvian

Descobri o Ska

A noite de S. João fez-me descobrir o Ska. O nome não me era estranho mas até à madrugada de dia 24 não sabia o que era ska e nunca o tinha ouvido. Ainda não sei bem o que é mas o som já não me passa despercebido. O ska será sempre para mim o som oficial do S. João de 2007. O ska liberta-nos e faz-nos dançar.

"Ska é um estilo musical criado no início dos anos 60 na Jamaica e combina elementos do calypso e do mento com o jazz e o rhythm and blues norte-americano, foi um precursor na Jamaica do rocksteady e mais tarde do reggae. É um estilo de música alegre, reflexo da alegria vivida pelo país aquando da sua independência em 1962." É assim que o define o Movimento Ska.

Para quem quer conhecer e para quem já conhece este estilo de música irá ter lugar em Beja o Rasta Fest nos dias 29 e 30 de Junho, organizado pela Associação Juvenil Arruaça, que para além de vários projectos nacionais traz também dos Estados Unidos uma das bandas mais reputadas de Ska: The Toasters.

Finalmente em português

Saltou-me à atenção que dos 23 posts que este blogue já tem em nenhum figurava um artista português. O que convenhamos: é uma injustiça , uma vergonha e quiçá um crime. Especialmente numa altura em que a música portuguesa ganha novo fôlego com novas bandas nacionais a mostrarem as suas credenciais. E as credenciais são boas.

São vários os projectos que se têm dado a conhecer e que têm entusiasmado quem gosta de ouvir boa música portuguesa.

São tantos e tão bons os projectos que foi difícil escolher um para estrear o espólio nacional deste blogue.
Mas enfim, uma decisão tinha de ser tomada e recaiu sobre os lisboetas Linda Martini. Os Linda Martini lançaram em 2006 o seu primeiro álbum "Olhos de Mongol" e em alguns aspectos fazem-me lembrar os saudosos Ornatos Violeta. Têm registado um sucesso relativo o que se evidencia na sua participação no SuperBock SuperRock no dia 4 de Julho dividindo o palco com bandas como os Maximo Park e Clap Your Hand Say Yeah.



O espaço dos Linda Martini

O dia de Anathema

25 de julho de 2005. Primeiro dia de mais um Festival Vilar de Mouros. Os cabeças de cartaz eram Withim Temptation e NightWish mas quem conhecia Anathema sabia que a noite ia ser deles. E assim foi. Os irmãos Cavanagh e companhia surpreenderam quem não os conhecia e quem nunca os tinha visto ao vivo, como era o meu caso.

Os Anathema são uma das bandas que mais mudou de estilo ao longo do tempo. Em 1991, data da sua criação, eram uma banda de doom metal ao estilo de Paradise Lost e My Dying Bride. Hoje auto-intitulam-se como uma banda de rock experimental com uma intensidade emocional pujante.

Esta mudança radical fez com que perdessem fãs e ganhassem outros. Eu faço parte do grupo que aprecia mais a "segunda vida" dos Anathema. Mas talvez por ser mais fácil perder fãs do que atrair novos a banda tem tido, nos últimos anos, alguns problemas em arranjar uma editora e no seu site oficial existe mesmo uma secção para fazer um donativo de modo a patrocinar a edição do seu novo álbum. Essa possibilidade tem ganho consistência podendo o novo álbum da banda ser editado ainda este ano. Ficámos à espera.




O espaço dos Anathema

Vilar de Mouros cancelado

O mais antigo festival de Portugal foi cancelado por, alegadamente, "falta de apoios da Câmara Municipal de Caminha". A decisão foi tomada por a PortoEventos, organizadora do festival e a junta freguesia de Vilar de Mouros. Por seu lado a Câmara de Caminha acusa a PortoEventos de "erros de gestão" e "dívidas acumuladas". Certo é que nomes anunciados como Brian Wilson, Blasted Mechanism e The Gift não vão actuar este ano no festival que teve a sua primeira edição internacional em 1971 com a presença de Elton John.

Viagem no tempo

Sim, não há engano, é mesmo Cat Stevens. Cat Stevens ou Yusuf Islam, nome que adoptou depois de se converter ao Islamismo após quase ter morrido pela segunda vez, inaugura uma nova rubrica do Bilhetes para a Imortalidade que se vai chamar "Antigamente é que era...".Esta nova secção deste blogue nasce da minha vontade de voltar a ouvir os grandes clássicos de outros tempos. E já que os vou ouvir porque não partilhar com vocês?

Numa época em que o mercado musical debita novas bandas e novas músicas a um ritmo alucinante e nem sempre com qualidade nada como ouvir uns sons do tempo em que o kilo de batatas custava apenas 10 escudos e se faziam as coisas com mais calma. Portanto aqui vai.

Cat Stevens é a memória mais antiga que eu tenho de ouvir música. Ou pelo menos de a querer ouvir. Talvez tivesse 7 ou 8 anos quando, no banco de trás de um Fiat Uno, o ouvi pela primeira vez. O meu pai decidiu levar uma cassete (sim, foi no tempo das cassetes) e durante os 15 dias que passámos a acampar algures no Minho não ouvimos outra coisa. A partir de então sempre que ouço Cat Stevens abate-se sobre mim uma nostalgia dessa idade da inocência. Músicas como Matthew & Son, Lady D'Arbanville, Wild World, Hard Headed Woman, Father and Son, Morning Has Broken entre outras vão sempre fazer parte do meu imaginário e levar-me de volta para aqueles 15 dias no Minho.

Difícil é escolher...

É pó menino...é pá menina. Há para todos os gostos e feitios. Este Verão os festivais decidiram esmerar-se e trazer a Portugal algumas bandas de eleição.

Começando pelo norte, a 15 de Agosto os Sonic Youth estarão no Paredes de Coura num cartaz ainda muito despido mas que promete algumas surpresas.





Em Vilar de Mouros o cartaz está ainda mais imcompleto e para já não conta com bandas que me façam deslocar à pacata vila minhota.

O Oeiras Alive aposta em bandas consagradas como os Pearl Jam, os Smashing Pumpkins e The White Stripes e concerteza vai atrair muita gente ao passeio marítimo de Algés.





O Super Bock Super Rock, para mim o melhor festival do ano, traz bandas como os Klaxons, Bloc Party, Arcade Fire, Clap Your Hands Say Yeah, The Rapture, Maximo Park e os Interpol.





Por fim, a Zambuzeira do Mar e o Festival Sudoeste vão acolher artistas como os Editors, The Cinematics e Patrick Wolf.





São muitas as hipóteses e promessas de espectáculos memoráveis mas a dispersão das minhas bandas preferidas pelos diversos festivais e a minha limitada conta bancária só me deixam dizer presente num dia.

A escolha adivinha-se difícil mas para já o dia 3 de Julho está ligeiramente em vantagem liderado por Arcade Fire, Bloc Party e Klaxons. Espero poder estar lá.

Para verem os cartazes completos dos festivais cliquem aqui.

Aceita-se feedback dos concertos mencionados (e dos restantes). Vá lá. Digam-me como foi.