Famalicão, a cidade esmeralda

Já falta pouco para a estreia de John Vanderslice em palcos nacionais. No próximo dia 1 de Março o cantor norte-americano vai actuar na Casa das Artes em Famalicão onde vai apresentar o seu mais recente álbum Emerald City. A pop experimental e conceptual de Vanderslice promete cativar quem se deslocar à cidade minhota num concerto organizado em parceria com o jornalista Nuno Galopim do blogue Sound+Vision.

[vídeo]John Vanderslice - Time to Go

O espaço de Jonh Vanderslice

E os anúncios continuam...

Desta feita é a vez de Nick Cave & The Bad Seeds anunciarem dois concertos em território nacional. A digressão da banda começa precisamente em Portugal no dia 21 de Abril no Coliseu de Lisboa e no dia seguinte no Coliseu do Porto. Dig Lazarus Dig, a ser editado no próximo dia 3 de Março terá com certeza papel de destaque no alinhamento mas será qualquer coisa como isto que vamos ter a oportunidade de presenciar.

Nick Cave & The Bad Seeds - Sad Waters

O espaço de Nick Cave & The Bad Seeds

Beware, it's the Cherry Ghost

Com nome retirado da música "Theologians" dos Wilco, Cherry Ghost era a início a one man band constituída por Simon Aldred. Sozinho Aldred editou dois singles bem recebidos pela crítica e quando o calendário começou a preencher-se com espectáculos ao vivo optou por adicionar quatro novos elementos à banda. Foi já com formato alargado que os Cherry Ghost editaram o ano passado o seu primeiro álbum Thirst for Romance e embora o álbum tenha passado ao lado de muitas publicações musicais tal não aconteceu com a Word Magazine que o classificou como um dos 10 melhores do ano. Exagero? Sem dúvida, mas pior é passar ao lado.

[vídeo]Cherry Ghost - 4 am

O espaço dos Cherry Ghost

Reminder: 10 de Junho Feist Coliseu do Porto

Ainda falta muito mas Feist vai regressar a Portugal. A cantora canadiana estará dia 10 de Junho no Coliseu do Porto e no dia seguinte na Aula Magna, em Lisboa e vai apresentar The Reminder, álbum editado em 2007 e que foi considerado por muitos um dos melhores do ano. Com esta boa notícia nada melhor do que apresentar o seu novo vídeo "I Feel It All" que tal como "1 2 3 4" foi gravado ao primeiro take.

O espaço de Feist

Van Fleet e a casa do pardal

Este é Jared Van Fleet. Quando não está em digressão com a sua banda Voxtrot Van Fleet trabalha a solo e edita com o nome de Sparrow House. Prepara-se para lançar o segundo de uma colecção de quatro EP's dedicados a cada uma das estações do ano. Televison Snow sucede a Falls e tem edição marcada para este mês. Estes EP's são constituídos sobretudo por gravações antigas, músicas que nasceram no quarto de Van Fleet e que agora chegam até nós.





O espaço de Sparrow House

Poeira para os ouvidos

Já era um apreciador convicto mas hoje o showcase de Jorge Cruz na Fnac Sta Catarina fez de mim um fã incondicional. Durante os quase 40 minutos de espectáculo Jorge Cruz cantou músicas do seu álbum de estreia Sede e do mais recente Poeira e sozinho em palco cativou o público que sabia parecer ao que ia e saiu com vontade de mais. Quem não teve oportunidade de comparecer tem ainda várias hipóteses de testemunhar o talento de Jorge Cruz. Ainda para hoje ficou prometido um concerto com várias surpresas no Maus Hábitos, amanhã estará presente na Fnac Norteshopping e dia 22 de Fevereiro termina esta mini-tour pela cidade do Porto no Contagiarte. Aproveitem, vale muito a pena.

O espaço de Jorge Cruz

"This is Tim Buckley"

"Song to the Siren". Provavelmente conhecem esta música. A sua versão mais conhecida foi feita pelos Cocteau Twins no projecto This Mortal Coil mas se já assistiram a um concerto de David Fonseca também conhecem a versão do artista português. No entanto a probabilidade de a terem ouvido na voz do seu intérprete original é ligeiramente menor. E esse intérprete foi Buckley, não Jeff mas o seu pai Tim Buckley. A voz de Tim Buckley, a natureza etérea da melodia e uma letra que é um belíssimo poema de amor fazem de "Song to the Siren" uma música de audição obrigatória.

O espaço não oficial de Tim Buckley

Onde raio estavam vocês?

Como eu gosto de boas sugestões musicais. E que boa sugestão musical foi esta. Estes quatro rapazes são do Canadá (outra vez!), chamam-se Great Lake Swimmers e foram mais uma das bandas que me passaram ao lado em 2007. Não fosse esta caridosa sugestão e talvez ainda hoje não tivesse ouvido o melancólico álbum Ongiara e músicas como "Where in the world are you" ou "Your Rocky Spine". Os Great Lake Swimmers oferecem-nos um folk minimalista e espiritual com a sensibilidade e assinatura de Tony Dekker, cantor-compositor e alma da banda de Ontario.

[vídeo] Great Lake Swimmers - Your Rocky Spine

O espaço dos Great Lake Swimmers

The Man is back

Chega às lojas no próximo dia 3 de Março e é outro dos grandes regressos neste início de 2008. Nick Cave and The Bad Seeds voltam com Dig Lazarus Dig. Depois de uns vídeos promocionais bem humorados que a banda disponibilizou no Youtube chega finalmente o vídeo para o primeiro single que neste caso dá nome ao álbum. Eu estava com saudades.

O espaço de Nick Cave and The Bad Seeds

"I'm a ridiculous person"

Podia escrever sobre Grace, o melhor álbum alguma vez criado. Podia escrever sobre músicas que marcaram a minha ainda jovem vida como "Lover, you should've come over", "Forget Her" ou "Grace", entre outras. Podia escrever sobre a sua curta vida e trágica morte. Opto no entanto por escrever sobre o concerto pelo qual era capaz de ter pedido um empréstimo bancário para estar presente: Jeff Buckley live at Sin-é. Infelizmente a maioria de nós não teve a possibilidade de assistir ao vivo a este génio que apenas com um álbum editado enquanto vivo assegurou como nenhum outro o seu bilhete para imortalidade.

Dos concertos ao vivo de Buckley existem cinco documentos disponíveis, o que atesta a saudade que Buckley deixou (e talvez a vontade de alguns em fazer dinheiro à sua custa): o EP Live at Bataclan, os CD's Live at Sin-é, Live at L'Olympia, Mistery White Boy Live 95-96 e o DVD Live in Chicago que podem ver online aqui.

De todos estes o meu preferido é o concerto no mítico bar nova-iorquino Sin-é que fechou as portas em Abril de 2007. Entre os sucessos e músicas menos conhecidas de Buckley este duplo CD conta ainda com os preciosos monólogos de Jeff. Estes pequenos momentos entre as músicas ajudam-nos a conhecer melhor Jeff Buckley e tornam esta colecção única e imprescindível. Nestes monólogos percebe-se o seu fantástico sentido de humor assim como o extraordinário ambiente que criava com a audiência. Desde falar de Matt Dillon, Miles Davis, Jim Morrison, do seu ídolo Nusrat Fateh Ali Khan que faleceu poucos meses depois de Buckley, nestes monólogos que muitas vezes se transformam em diálogos há espaço para tudo. E é precisamente isso que eu vou partilhar com vocês. Este é um post para os verdadeiros fãs de Jeff Buckley.

[vídeo] Jeff Buckley - Grace
[vídeo] Jeff Buckley - Forget Her

O espaço de Jeff Buckley

O injustiçado Samuel Beam

De Iron and Wine conhecia pouco mais do que a sua versão de "Such Great Heights" dos The Postal Service. Já me tinham recomendado uma audição mais atenta mas por um motivo ou outro nunca o tinha feito. Felizmente alguém me obrigou a ouvir Sam Beam e a sua guitarra acústica. E bendita a hora em que o fez. As 12 faixas do álbum The Shepard's Dog seduziram-me à primeira audição e fizeram-me perceber que Iron and Wine foi o primeiro grande injustiçado do meu top 2007. Permitam-me então esta errata e considerem The Shepard's Dog como um dos dez melhores álbuns de 2007 na opinião deste blogue.

[vídeo obrigatório]Iron and Wine - Boy with a coin

O espaço de Iron and Wine

Pop Sonhador

Não sei se é do plátano mas o ar do Canadá deve possuir algum estimulante. Que outra explicação haverá para a enxurrada de criatividade que exala das muitas bandas que nos últimos tempos têm saltado para a ribalta oriundas daquele país?

Basia Bulat é mais um nome a reter. Oh, My Darling, estreia de Bulat nos álbuns trouxe-nos uma colecção de músicas cheias de ritmo bem ao estilo pop folk muito em voga. Há ukeleles, tambores, palmas e há harmonias feitas para nos por a dançar. Parece que a estou a imaginar ao lado de Zach Condon. Artísticamente falando claro.

Basia Bulat - In the Night

O espaço de Basia Bulat

A(rte) & E(ntretenimento)

Um dos álbuns mais esperados por estes lados neste início de ano está quase ao virar da esquina. Como já devem ter adivinhado falo de Goldfrapp e de Seventh Tree. O lançamento está marcado para 25 de Fevereiro e a banda avisa que a sonoridade é diferente ..."and it might come as a bit of a shock to some of the fans". Pelo single de avanço desde já se nota que os Goldfrapp continuam a surpreender e com certeza o choque será positivo. Pelo menos assim o espero. O single "A&E" não desilude e conta já com vídeo do mesmo realizador de "What's a girl to do" dos Bat for Lashes.

O espaço dos Goldfrapp

O ofuscante som do diamante

My Brightest Diamond é o singular projecto da cantora/compositora e multi-instrumentlista Shara Worden. Com um historial artistico na área da ópera e da música clássica foi só quando se mudou para Nova York que Shara se involveu no cenário rock underground e inspirando-se em artistas como Antony & The Johnsons ou Nina Nastasia idealizou My Brigthest Diamond.

No último álbum Bring Me The Workhorse as duas grandes influências estão bem presentes. Se por um lado são bem distintas a secção rítmica e a guitarra de Worden por outro, a base das canções e o seu fio condutor é o quarteto de cordas que acompanha My Brightest Diamond. A voz de Shara é a cereja no topo do bolo.

O espaço de My Brightest Diamond

Corpos em êxtase

São quatro amigos de Los Angeles que em conjunto respondem pelo nome de Bodies of Water. Lançaram recentemente o seu álbum de estreia intitulado Ears Will Pop And Eyes Will Blink e são constantemente comparados aos Arcade Fire. Andam algures entre a banda canadiana e os ABBA!!! Fabricam um som que dificilmente pode ser traduzido em palavras portanto vou deixar a música falar por si. Preparados para a festa?

O espaço dos Bodies of Water

This girl "is bound to melt your heart"...

...o meu já derreteu. Ela é Jenny Lewis, a vocalista dos Rilo Kiley e que mais recentemente lançou um álbum a solo. A voz dela é das mais distintas do indie rock actual e a sua doçura prende à primeira audição. Tendo em consideração os projectos a que já emprestou a sua voz não sou só eu o apreciador. Entre os restantes admiradores contam-se os The Postal Service (onde inclusive entra num videoclip) os Cursive e os Good Life. Além da doçura a sua voz tem como outra grande qualidade a polivalência. Se nos Rilo Kiley o tom é o indie rock no seu projecto a solo Jenny Lewis with The Watson Twins a menina que nasceu em Las Vegas dedicou-se a ritmos mais country soul com resultados igualmente positivos. Agora deixem-se derreter.

[vídeo]Rilo Kiley - Portions for Foxes
[vídeo]Jenny Lewis with The Watson Twins - Rise Up With Fists

O espaço dos Rilo Kiley e da Jenny Lewis with The Watson Twins

Renascido das cinzas numa cabana

Este é Justin Vernon, nestes dias mais conhecido por Bon Iver. Quando a sua anterior banda Deyarmond Edison terminou, um Justin desolado refugiou-se numa cabana nos bosques de Wisconsin durante os três meses de Inverno. Foi precisamente durante esse período de luto que nasceu Bon Iver (nome derivado da mal pronunciação do francês bon hiver), personalidade artística que retirou o folk e a introspecção à sua anterior banda e lhe juntou belos arranjos orquestrais. Foi desta receita que nasceu o seu álbum de estreia For Emma, Forever Ago.

O espaço de Bon Iver